texto: Betânia Gomes
foto: divulgação organização
foto: divulgação organização
Mané Gsotoso, boneco típico do Nordeste, é o o símbolo desse ano para a chamada da Feira. Na foto exposto no Largo do Cabanga - Recife/PE
A edição 2016 da Fenearte, que é considerada a maior feira de artesanato da América Latina, acontece de 07 a 17 de julho no Centro de Convenções em Olinda. Os homenageados dessa 17ª edição são nomes que enche de orgulho os nordestinos. Mestre Manuel Eudócio, ceramista, discípulo de Mestre Vitalino, natural de Caruaru, cidade de Agreste, era Patrimônio VIvo de Pernambuco e faleceu no início deste ano, aos 85 anos. Deixou para o Nordeste e o Brasil, um legado artístico cultural de grande vali para as futuras gerações.
Naná Vasconcelos, foi eleito por oito vezes, pela revista DownBeat, publicação norte-americana dedicada ao Jazz, o melhor percussionista do mundo, também arrematou oito Grammy, o Oscar da música. O artista passou boa parte da vida fora do país, mas nunca esqueceu as raízes, e o carnaval do Recife sem o seu abre-alas nunca mais será o mesmo. Nesse último carnaval, já debilitado, Naná fez uma abertura espetacular do Carnaval 2016 e a festa teve um brilho ainda maior, mais especial. Não à toa era chamado de Fenômeno. O legado de Naná (Juvenal Holanda de Vasconcelos) não é só musical, mas pessoal, era um exemplo de pessoa a ser seguido, humilde em seu extraordinário talento, quando chamado de Mestre costumava rebater: “mestre está no céu”. Naná partiu pra sempre em março deste ano deixando uma legião de fãs órfãos do seu som que transcendia.
Este
ano a Feira está cheia de novidades, além de estar maior e com mais
artistas, traz o salão de arte religiosa e novos
mestres à galeria principal que é dedicada a eles, e mantém os
espaços tradicionais de artesanato.
A importância da Fenearte para Pernambuco, além de mexer com a economia local, valorizando essa parcela do mercado que é bastante forte na região, é uma forma de homenagear o legado cultural de quem já partiu, e que precisa ser sempre lembrado, preservado e divulgado, além de manter viva a cultura pernambucana através dos que estão vivos, produzindo e contribuindo com sua arte para o fortalecimento da cultura local e da história de Pernambuco.
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